Ex-Fluminense como destaque, algoz do Flamengo fora: como chega o Peñarol para enfrentar o Botafogo na Libertadores

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Sedento para encerrar um jejum que dura longos 37 anos sem conquistar a CONMEBOL Libertadores, o Peñarol enfrenta o Botafogo nesta quarta-feira (23), às 21h30 (de Brasília), no Nilton Santos, no duelo que abre a semifinal.

Embora ostente cinco estrelas de campeão do torneio mais importante da América do Sul, o time comandado por Diego Aguirre é visto por alguns como azarão pelo embalo da equipe carioca, que lidera o Brasileirão com um futebol atraente e ofensivo.

Mas quais as “armas” que o Peñarol tem para encarar um time de poderio financeiro e técnico maior do que o seu? O ESPN.com.br ouviu jornalistas uruguaios para entender como chega a equipe de Montevidéu e o que isso pode mexer com a balança de favoritismo.

Quem é o destaque?

O Peñarol poupou seus titulares no último compromisso, sábado (19), contra o Boston River, pelo Campeonato Uruguaio. Diego Aguirre só escalou dois nomes que geralmente começam entre os 11 iniciais: o volante Damián García e o meia Gastón Ramírez.

Foi do banco, no entanto, que saiu o responsável por anotar um dois gols da vitória por 2 a 0: o meia Leo Fernández, a principal peça do time uruguaio.

Campeão da Libertadores com o Fluminense no ano passado, o meio-campista tem mostrado um repertório bem diferente de sua apagada passagem nas Laranjeiras. Afinal, são nada menos que 15 gols e 15 assistências em 37 partidas na atual temporada.

”Ele tem uma pegada extraordinária, faz gols de falta, aproveita os rebotes, leva perigo no jogo aéreo e ainda dribla”, destacou o jornalista uruguaio Federico Buysan.

”Leo Fernández é uma peça chave nas bolas paradas e que costuma dar muitas assistências para Maximiliano Silvera no ataque”, analisou Gonzalo Ronchi, do canal de TV uruguaio Telemundo.

”É uma figura chave do meio para frente”, pontuou Eduardo Rivas, jornalista do Canal 4.

Os pontos fortes

Além da tradição na Libertadores, competição que é o terceiro maior campeão da história com cinco taças, atrás apenas de Independiente (7) e Boca Juniors (6), o Peñarol está em alta graças a um estilo de jogo muito bem definido por Aguirre.

”O ponto forte do Peñarol está na intensidade com que joga. É uma equipe que impõe muito ritmo, que passa rápido da defesa para o ataque e tem jogadores muito velozes, que podem chegar e complicar. A equipe está com uma mentalidade muito boa, em um momento bastante maduro e isso faz o Peñarol um rival de muito cuidado para o Botafogo”, alertou Buysan.

”A solidez defensiva foi um dos pilares ao longo de toda a competição. Tem um goleiro muito seguro e um meio de campo muito colaborativo”, destacou Ronchi.

Para Eduardo Rivas, o espírito de luta do Peñarol, tão tradicional em equipes do país, é capaz de superar até mesmo as limitações técnicas.

”É um time que luta muito. Talvez, às vezes, não jogue tanto, mas luta muito até o último minuto. E isso pode ser um ponto forte para tentar superar um rival tão difícil como o Botafogo”, declarou o jornalista.

Os pontos fracos

A boa notícia para os botafoguenses é que o Peñarol terá um importante desfalque para a partida desta quarta: Javier Cabrera. E, segundo a imprensa uruguaia, é algo que pode fazer muita falta…

O atacante, que anotou o gol da classificação uruguaia sobre o Flamengo, nas quartas de final, sofreu uma pancada na vitória contra o Danubio, por 1 a 0, pelo Campeonato Uruguaio, na última quarta-feira (16), e é desfalque confirmado.

”É um jogador que fazia todo o lado direito. Do ponto de vista do jogo, o setor direito defensivo, onde vai cair o Thiago Almada, para mim vai ser todo um desafio. Eu acho que aí tem que ter muito cuidado. E também o Oliveira com Luiz Henrique pode ser um ponto chave”, pontuou Buysan.

A ausência de Cabrera aumenta a importância de Leo Fernández, o que é, também, algo que precisa superar.

”O ponto fraco pode ser a dependência de Leo Fernández. A equipe sente muito quando ele não está bem”, disse.

E o favorito?

O Botafogo tem o favoritismo, mas o confronto passa longe de estar decidido. E vai depender bastante do resultado no Nilton Santos.

”Atualmente o favoritismo é do Botafogo, mas acho que o Peñarol pode passar, sim. Se sair do Rio de Janeiro com o resultado aberto, me parece que aqui no Uruguai vai passar o Peñarol”, palpitou Buysan.

”O Peñarol tem que sair com o resultado aberto, já que faz um trabalho muito bom jogando como mandante no Campeon del Siglo”, declarou Ronchi.



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