A temporada de 2024 no circuito de tênis feminino ofereceu momentos dramáticos, eventos surpreendentes, reviravoltas e altos e baixos.
Entre os 10 principais destaques, estão o triunfo chocante de Barbora Krejcikova em Wimbledon, o retorno hilário de Karolína Muchová, a revelação do exame antidoping positivo de Iga Swiatek e o primeiro troféu de Linda Noskova.
A volta por cima de Osaka
O primeiro dia de janeiro foi marcado pelo esperado retorno de Naomi Osaka, quatro vezes campeã de Grand Slam. Aos 27 anos, a japonesa jogou a primeira partida competitiva em Brisbane, desde setembro de 2022, após uma pausa para a maternidade.
Embora Osaka tenha retornado ao top 60 do ranking, o melhor resultado na temporada recém-encerrada foi às quartas de final em Doha e Hertogenbosch. A ex-número um do mundo certamente tinha objetivos mais altos.
Uma rara dobradinha para Sabalenka
Aryna Sabalenka é apenas a quinta mulher na história a dominar os dois torneios do Grand Slam disputados em superfícies duras na mesma temporada. Depois de defender com sucesso o título no Aberto da Austrália de janeiro, a tenista foi imbatível no Aberto dos Estados Unidos.
Nos últimos 27 anos, apenas Angelique Kerber registrou essa dobradinha e, antes disso, apenas Steffi Graf, Monika Seles e Martina Hingis.
A final em Madrid
Aclamada por muitos como a melhor partida feminina da temporada. Depois de um ano, Iga Swiatek e Sabalenka repetiram a final do torneio 1000 em Madrid e, dessa vez, a polonesa levou a melhor.
No entanto, Swiatek teve que superar três match points em uma batalha de tirar o fôlego e só venceu o tie-break do set decisivo. Esse foi o 20º troféu da carreira da então número um do mundo.
A ascensão de Paolini
Jasmine Paolini era relativamente desconhecida por muitos antes do início da temporada de 2024. Entretanto, no Aberto da Austrália, a italiana chegou à segunda semana dos Grand Slams pela primeira vez e dominou de forma sensacional o WTA 1000 de Dubai, em fevereiro.
Isso deu início a uma temporada inesquecível, que incluiu participações nas finais no Aberto da França e em Wimbledon, uma ascensão ao top 5 do ranking, e uma aparição de estreia no ATP Finals e o triunfo da Itália na Copa Billie Jean King.
O hat-trick de Swiatek no Aberto da França
Iga Swiatek tornou-se apenas a terceira mulher na era aberta do tênis a triunfar três vezes seguidas no saibro de Paris. Antes dela, apenas Monika Selesova e Justine Henin haviam conseguido esse feito.
No entanto, a polonesa foi a primeira a fazer isso como a cabeça-de-chave número um. Com essa conquista, Swiatek apenas confirmou o domínio na superfície mais lenta dos últimos anos.
Muchová está de volta
Karolína Muchová retornou às quadras pouco antes de Wimbledon. A ex-número oito do mundo voltou rapidamente à forma que tinha antes da pausa de nove meses causada por uma cirurgia no pulso direito.
A tenista tcheca jogou as finais em Palermo e Pequim e defendeu sua participação na semifinal do US Open. Muchová terminou a temporada entre as 25 melhores do ranking mundial, apesar de ter disputado apenas sete torneios.
O chocante triunfo de Krejcikova em Wimbledon
Mais uma vez, depois de um ano, a dobradinha tcheca foi comemorada em Wimbledon e a competição de simples mais uma vez teve uma vencedora surpreendente.
Embora o triunfo de Kateřina Siniaková nas duplas não seja tão inesperado, a vitória de Barbora Krejčíková em simples foi uma sensação. A tenista chegou a Londres em crise e o título, como o do ano passado de Markéta Vondroušová, não era nada esperado.
Ouro histórico para a China
Qinwen Zheng conquistou o primeiro ouro individual do tênis chinês nas Olimpíadas de Paris. Depois de uma disputa, nas quartas de final, contra Angelique Kerber, a chinesa venceu de forma sensacional a favorita Iga Swiatek. Claramente a melhor jogadora em quadra na batalha pelo metal mais valioso, Zheng superou soberanamente Donna Vekic.
Noskova como uma das novas campeãs
Esta temporada ofereceu um total de 12 novas vencedoras de torneios WTA, entre elas, Linda Noskova. A talentosa tcheca alcançou um marco importante pouco antes do US Open, no torneio de nível 500 em Monterrey, no México, em que não perdeu nenhum set.
Após o triunfo, no entanto, a tenista fez uma pausa e jogou apenas duas partidas, em Flushing Meadows e no torneio final da Billie Jean King Cup.
O doping de Swiatek
Swiatek testou positivo para doping de trimetazidina em agosto. O público só tomou conhecimento da informação no final de novembro, quando a pentacampeã de Grand Slam já havia aceitado a suspensão de um mês.
A polonesa cumpriu, mas ainda pode recorrer à decisão da Agência Internacional de Integridade do Tênis (ITIA) junto à Agência Mundial Antidoping (WADA).